O setor produtivo, por meio do ES em Ação, e o Governo do Estado deram mais um passo na construção do plano de longo prazo ES 500 Anos. Nos dias 21 e 22 de agosto, foram realizadas reuniões de trabalho com lideranças do terceiro setor, ciência, tecnologia, inovação, setor produtivo e uma roda de conversa com o turismo, para captar as impressões de cada área e suas contribuições para o documento.
Durante os dois dias de trabalho, cerca de 70 lideranças debateram os seis pilares do plano: empreendedorismo, inovação e prosperidade regional inclusiva e sustentável; educação, competência e capital humano; competitividade dos setores estratégicos estabelecidos; transição energética como alavanca para a neutralidade climática; ecossistema de financiamento sustentável e investimentos de impacto; e infraestrutura.
O diretor-presidente do ES em Ação, Nailson Dalla Bernadina, reforçou o diálogo permanente com todos os envolvidos. “Estamos avançando no fortalecimento do arranjo para o ES 500 Anos, de maneira plural, com a participação presencial da consultoria ouvindo atores de entidades diversas, para que esse trabalho seja reconhecido por toda sociedade, e que possa engajar e traduzir os anseios que temos para o Espírito Santo do futuro”, reforça.
O ES 500 Anos é uma evolução do Plano de Desenvolvimento ES 2030, elaborado em 2013. O documento se baseia em um diálogo plural, envolvendo cidadãos, sociedade civil organizada, setor produtivo e setor público, para construir coletivamente uma visão estratégica, sustentável e desejável para o Espírito Santo nos próximos 10 anos, considerando as implicações de tendências, como oportunidades e ameaças, nas esferas nacional e internacional.
A secretária de Estado de Planejamento e Projetos em exercício, Andressa Pavão, ressaltou a importância do projeto: “O ES 500 Anos é um plano da sociedade capixaba, de pensar no coletivo, e, para isso, precisamos ouvir os representantes da sociedade, como estamos fazendo neste momento, com o apoio da consultoria. Já houve uma rodada anterior, nas 10 microrregiões do Espírito Santo, e ainda iremos trabalhar com mais de nove ângulos, alguns transversais, de forma que consigamos ampliar esse momento de escuta”, afirma.
Diálogo Construtivo
Lideranças compartilham a importância do diálogo colaborativo entre representantes de diversos setores, incluindo o poder público, privado, academia e terceiro setor, para a elaboração do documento.
A diretora-presidente e Head de Educação no Instituto das Pretas, Luana Pereira Loriano, enfatizou a importância de participar do debate: “Estamos trazendo nossa perspectiva territorial, pois atuamos em várias regiões, para a criação deste documento. O Espírito Santo está passando por um momento de transição e expansão, e pensar em um plano de ação a longo prazo, que envolve sociedade, empresas públicas e privadas, entre outros setores, é um sinal de que estamos acompanhando esse desenvolvimento. Para nós, fazer parte disso é muito importante”.
A importância da atuação do terceiro setor nas discussões, especialmente no Estado, foi destacada pelo presidente-executivo da Federação do Terceiro Setor Capixaba (Fundaes), Robson Melo: “Estar reunido para discutir uma agenda de Estado e ressaltar a importância desse setor e de suas diversas visões, seja em relação às muitas causas que ele abraça, como a questão ambiental, o bem-estar da sociedade, o cuidado com crianças e idosos, é algo que considero bastante inovador”.
O que é o Plano
As atividades de elaboração do plano contarão com a participação dos governos Estadual e municipais, dos demais Poderes Públicos, federações, setor produtivo, academia, terceiro setor, sociedade civil organizada e demais organizações representativas, em oficinas regionais e seminários temáticos e com atenção às particularidades de cada uma das dez microrregiões capixabas.
O documento também vai agregar diagnósticos produzidos por diferentes instituições e pelo poder público, além de revisitar metas e indicadores estabelecidos pelo plano de desenvolvimento de longo prazo atualmente existente, o ES 2030. Para isso, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) realizou uma análise situacional do ES 2030. O estudo apontou o cenário encontrado na ocasião de elaboração do plano, os fatores limitadores ou impulsionadores, além dos avanços, desafios superados e novos desafios mapeados.