ES 500 Anos: Oficinas promovem o diálogo coletivo para planejar o futuro do Estado

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Representantes da sociedade civil, da academia, do terceiro setor, do governo, do setor produtivo, além de jovens e novas lideranças deram suas contribuições para a construção do plano de longo prazo ES 500 Anos nas oficinas de cocriações de futuro.

Mais de 140 lideranças participaram das atividades colaborativas, realizadas entre os dias 24 e 26 de setembro. Nas atividades conduzidas pela Symnetics, consultoria responsável pelo projeto, os participantes foram levados a pensar, coletivamente, em possíveis cenários para o Estado em 2035.

Ao todo foram realizadas seis oficinas, duas por dia, com públicos variados e com temáticas específicas: futuro do cuidado, bem-estar, segurança e coesão social; futuro da economia (diversificação), capital humano, competitividade e inovação; futuro das comunidades, territórios e biomas na resiliência e transição para uma economia de baixo carbono e futuro digital e governo aberto.

O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, frisou o movimento pelo desenvolvimento do Espírito Santo por meio do ES 500 Anos. “Muito mais do que um plano de governo, este é um plano de Estado, construído a várias mãos e fruto da inteligência coletiva dos capixabas. Por isso, esta etapa das oficinas de cocriação de futuro é fundamental para ouvirmos especialistas e atores representativos das mais diversas áreas, que estão subsidiando esta construção para pensarmos, juntos, o Espírito Santo que desejamos para o ano de 2035″, afirma.

O ES 500 Anos é uma evolução do Plano de Desenvolvimento ES 2030, elaborado em 2013. O documento se baseia em um diálogo plural, envolvendo cidadãos, sociedade civil organizada, setor produtivo e setor público, para construir coletivamente uma visão estratégica, sustentável e desejável para o Espírito Santo nos próximos 10 anos, considerando as implicações de tendências, como oportunidades e ameaças, nas esferas nacional e internacional.

A coordenadora de Projetos do ES em Ação, Débora Macêdo, destacou a importância da escuta com os diversos atores da sociedade. “Desde março, estamos promovendo ações de mobilização em todo o Estado. Começamos com oficinas regionais, que proporcionaram momentos de escuta e que aconteceram nas dez microrregiões do Espírito Santo, e desde julho, oficinas junto com a consultoria Symnetics, com objetivo de envolver a sociedade civil, empresas e governo. Nas oficinas de cocriação de futuro reunimos um público especializado, com conhecimento dos temas envolvidos”, pontua.

Cocriação de futuro

Lideranças compartilham a importância do diálogo colaborativo entre representantes de diversos setores, incluindo o poder público, privado, academia e terceiro setor, para a elaboração do documento.

O arquiteto e urbanista, Ivan Rocha, especialista em urbanismo social, participou da oficina de “futuro do cuidado, bem-estar, segurança e coesão social” representando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e pontua a importância do escutar e fortalecer lideranças diversas. “É fundamental garantir diversidade e a participação ativa, trazer e considerar diferentes pontos de vista. Espero que o Plano tenha um olhar atento à valorização dos capixabas, construir um futuro com a cara e uma política que represente todas as etnias que compõem nosso estado. Juntos, é possível construir um Espírito Santo mais forte, com grande potencial de crescimento e capaz de acolher todos que desejem se estabelecer aqui”, destacou.

A designer sustentável, Ângela Camolese, com pós-graduação em meio ambiente, desenvolvimento sustentável, cidades inteligentes e sustentáveis, destacou como o olhar de cada participante, a partir da sua expertise, contribui para a construção do Plano. “Gosto muito da intervenção baseado na solução baseada na natureza e fui convidada para participar, representando a sociedade civil. Foi uma experiência muito positiva porque eu compreendi que os saberes multidisciplinares, quando pensados coletivamente, são riquíssimos e podem resultar em soluções inovadoras, sem necessariamente usar tecnologias avançadas. Só na forma de fazer, de olhar”, diz.

O que é o Plano

As atividades de elaboração do plano contarão com a participação dos governos Estadual e municipais, dos demais Poderes Públicos, federações, setor produtivo, academia, terceiro setor, sociedade civil organizada e demais organizações representativas, em oficinas regionais e seminários temáticos e com atenção às particularidades de cada uma das dez microrregiões capixabas.

O documento também vai agregar diagnósticos produzidos por diferentes instituições e pelo poder público, além de revisitar metas e indicadores estabelecidos pelo plano de desenvolvimento de longo prazo atualmente existente, o ES 2030. Para isso, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) realizou uma análise situacional do ES 2030. O estudo apontou o cenário encontrado na ocasião de elaboração do plano, os fatores limitadores ou impulsionadores, além dos avanços, desafios superados e novos desafios mapeados.